segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Chefes
Já dizia o ditado, "nada é tão simples que uma mulher não possa complicar". Acho antes que é "nada é tão complicado que uma mulher não possa complicar ainda mais".
Na nossa vida privada, tudo bem. Quem se farta de estar bem, ou seja, quem se casa, sabe no que se vai meter e sofre porque quer. O problema é que todos sofremos com algo bem mais grave, que não escolhemos, mas que temos que gramar.
Mulheres que são nossas chefes.
Complicam tudo. Zangam-se connosco, umas com as outras, com elas mesmas, com a vizinha do lado, com o canário. Nunca nada está suficientemente bem. Muito menos está completo. Encontram imperfeições na perfeição só para a deixarem imperfeita. E porquê?
Porque se têm que meter em tudo!
Têm que deixar a opinião, têm que deixar a sua marca, têm que mostrar que são melhores que as outras (e outros), têm que se afirmar e mostrar que têm alguma espécie de poder, que têm controlo sobre as coisas.
Um homem chefe quer resultados. Ponto. Mais nada. Não quer saber se fiz desta ou daquela maneira, não quer saber se ficou tudo como ele disse, nada: quer o resultado.
Uma chefa não quer saber do resultado. Se tiver dado, óptimo. Senão, não interessa: tem é que ter sido feito EXACTAMENTE como ela disse. Se o resultado aparece, o mérito é DELA, porque "controlou" tudo e nós fomos bons instrumentos; Se não tiver resultado, a culpa é NOSSA, pois não fizemos (mesmo que tenhamos feito) exactamente como nos disse. E se tentamos modificar o método, mas obtemos bom resultado, não interessa: está mal. Entenderam? Pois eu também não.
Depois dizem que há poucas mulheres em cargos de chefia. Imaginem porquê. Ninguém as aguenta. Nem elas.
domingo, 30 de janeiro de 2011
Portáteis
Um experiência fascinante, ou frustrante, é a de ajudar uma mulher a escolher um aparelho como telemóvel, computador, carro, etc. Senão vejamos: dois homens a conversar sobre a compra de um portátil dirão algo deste tipo.
- Preciso de ajuda. Tenho que comprar um portátil e não sei que escolha.
- Olha, os novos Tobishas trazem uma NVIdradeon GTX-TDI-GT com 1 giga de ram, disco de um tera a 7200 RPMs, oito gigas de ram, Gravador de Blu-ray e ecrã de 17' wide com 3d. Muito bons para jogos.
- Por quanto?
- Uns 900 euros ou assim. Por 600 compras um parecido mas sem o 3d e com menos quatro gigas de ram.
- É mesmo esse!
E no dia a seguir compra o portátil. Nós, homens, queremos que um aparelho seja funcional, bom, barato. O que nós homens não sabemos é que toda a conversa anterior é chinês para a maioria das mulheres. A conversa com um dos seres venusianos será algo deste tipo:
- Amor, preciso de ajuda! Quero comprar um portátil, mas não sei que escolha!
- Olha, os novos Tobishas trazem uma NVIdradeon GTX-TDI-GT com 1 giga de ram, disco de um tera a 7200 RPMs, oito gigas de ram, Gravador de Blu-ray e ecrã de 17' wide com 3d. Muito bons para jogos.
- Ah, eu não ligo a essas coisas. Quero uma coisa simples, que dê para o office e ir à net, mais nada.
- Se é para isso, há uns netbooks jeitosos da Azuz, por 300 euritos, boa bateria e tudo.
- Talvez...
E é nesta parte que vem a questão, a grande questão, a que é fundamental para a mulher mas que homem algum no mundo alguma vez se lembraria de perguntar acerca de um portáti:
- E é giro?
Giro? GIRO? Que raio, quero lá saber se o PC é preto, cinzento, se tem bolinhas e outras mariquices, quero é uma coisa boa e que funcione bem! Mas não, tem que ser "giro"!
Já na loja, vendo o PC em questão, a mulher decide não o comprar.
- É feio. Quero um como o da minha amiga, é muito mais giro, tem luzinhas atrás!
Ou seja, um MAC. Uma moça, que só quer um portátil para escrever no word e ir ao Farmville decide dar 1.800 euros por um Mac. Porque "é giro!"
Este caso é meio extremo, mas há também os casos das que compram portáteis normais por preços normais sem terem a mais remota ou pálida ideia do que estão a comprar. Desde que seja "giro". Assim há hoje um negócio, muito bem aproveitado pelos fabricantes, de telemóveis, portáteis, carros, "giros". Direccionados a mulheres. Mesmo que não tenham 100 euros em componentes lá dentro, custam o dobro dos feiosos, mas bons, direccionados aos seres de Marte. Mas as venusianas querem coisas GIRAS!
Um homem compra um pc novo. Um amigo dirá algo do género:
- Ena, pc novo! Que tem isso?
- Uma NVIdradeon GTX-TDI-GT com 1 giga de ram, disco de um tera a 7200 RPMs, oito gigas de ram, Gravador de Blu-ray e ecrã de 17' wide com 3d. Corre o Crysis 3 a 72 FPS com tudo no máximo, AA a 16x, anisotrópico, com o 3d esterioscópico ligado!
- Ena, granda bomba! Tenho que comprar uma coisa dessas!
Por 900 euros. Vejamos a conversa do Mac de 1.800 comprado pela venusiana:
- Olá! Compraste um pc novo?
- Sim! Que achas dele?
- É tão giro! Também quero um!
Ninguém aguenta!!!
Descriminação positiva
Aí há tempos, reparei em algo que me chocou: há cotas mínimas no número de mulheres que devem integrar uma lista para uma câmara, parlamento, etc. Chamam-lhe descriminação positiva.
As feministas defendem acerrimamente medidas como esta. "Devemos promover a participação das mulheres na vida política do país!" E vá de obrigar partidos e afins a meter mulheres nas listas.
Agora pergunto, a nossa constituição não diz que homens, mulheres, de qualquer raça ou crença, são iguais? Mas elas QUEREM ser descriminadas "positivamente". Descriminar é descriminar.
Quem se está a descriminar e estigmatizar são elas próprias, as feministas doentes e ferrenhas. Felizmente, no nosso país qualquer pessoa é reconhecida pelo seu mérito, valor, profissionalismo. Como homem, quero mulheres na política, mas quero que sejam pessoas competentes e com valor, não pessoas que "têm que lá estar para fazer os 33% de mulheres na lista".
Senhoras feministas: se querem defender os direitos da mulher, passem a fazer uma coisa primeiro. Não se inferiorizem. Não se julguem inferiores nem descriminadas pela terrível sociedade masculina. Não o são. Não no século XXI, não no nosso país. Notabilizem-se por serem melhores, ganhem lugares na política por merecerem, não peçam para entrar de favor, que é o que fazem, pois apenas estão a desacreditar as que lá chegaram por mérito.
Tenho dito!
Restaurantes - Parte dois
No capítulo anterior contou-se o penoso processo de escolha e ida a um restaurante. Mas os problemas mal começaram. Novamente, convém fazer o paralelo entre um jantar de amigos numa tasca e um jantar com a respectiva no restaurante mais caro que encontrámos.
Jantar de homens.
- Então Manel, que há que se coma hoje?
- Leitão assado, secretos de porco preto, febras, sandes de torresmos, carapaus fritos e feijoada de polvo.
- Traz aí um prato de feijão, uma dose de leitão e uma de secretos.
- E para beber?
- Traz um jarro de tinto. O da casa é bom?
- Bebe-se bem. Querem provar antes?
- Deixa, traz o jarro que a gente prova o jarro todo e logo te diz!
A comida demora cinco minutos a chegar. Sobra metade porque as doses são muito grandes. Bebem dois jarros de vinho cada um. O benfica ganha por quatro a zero. Festejam os golos todos, gozam com um velho do Sporting, pagam-lhe um copo no fim, ficam amigos para o resto da vida. Conta: quinze euros. Vejamos agora o jantar romântico:
- O criado nunca mais cá vem... Já estamos sentados há meia hora, passa por nós, e nada. Querido, chama-o!
- Pssst! Se faz favor!
Dez minutos depois, lá vem com as entradas, mas sem a ementa. Outros dez minutos volvidos, vem a ementa.
- Ai, não me apetece nada disto. Na última vez que cá viemos tinham aquele arroz de tamboril, não terão hoje também?
- Não, era prato do dia. Pede outra coisa.
- E tu, já escolheste?
- Já. Quero bife à casa.
- É bom?
- É. E tu, que queres?
- Se não há o tamboril, peço o bacalhau com natas.
- Olha que esse não é grande coisa.
- Ah, mas apetece-me.
Pedem. Meia hora depois chegam as doses. O bacalhau tem espinhas e pelo menos dois dias de estar feito. Parece até daquele congelado, pré-feito, do Continente. A dose é tão grande que dificilmente mataria a fome a uma criança de seis anos.
- E para beber?
- Traga aí um jarro de vinho da casa, se faz favor.
- Desse não gosto, querido. Pede qualquer coisa boa!
E vai dizendo que não gosta até escolher uma coisa qualquer de reserva que sabe ao mesmo que os outros mas custa vinte euros.
- Não gosto do bacalhau. Queres trocar?
- Mas eu também não gosto! Pedi o bife porque queria bife!
- Vá, tu também gostas deste, troca comigo...
Trocam os pratos. Ficam com fome na mesma, pois as doses são pequenas.
- E sobremesa?
- Traga-me aí uma mousse de chocolate. Querida, que queres?
- Ah eu não quero nada, isso depois engorda. Como um bocadinho da tua.
Chega a mousse.
- Deixa-me provar a tua mousse...
- Prova lá. É boa.
Ela prova a mousse dezassete vezes, até já não haver. O homem comeu a primeira colherada. Pedem a conta, o homem paga sessenta euros, vão para casa, e ela comenta:
- O MEU bife estava bom, mas o bacalhau nem por isso. Já a TUA mousse era divinal. Mas escolhe outro sítio para a próxima... Este não era grande coisa. Sempre que TU escolhes o sítio escapamos mal.
Ninguém aguenta!!!
Restaurantes - Parte um
Um dos momentos de maior frustração na vida de um homem, que inclusivamente o pode levar à loucura ou algo pior, é o de levar a namorada/mulher a um restaurante. Algo que parece tão simples de fazer com um grupo de amigos torna-se uma tarefa hercúlea para fazer com uma mulher. Senão vejamos:
Com o grupo de amigos:
- Então, onde se janta?
- Vamos à tasca do Manel da Esquina. Comemos que nem alarves e dá bem para ver a bola.
- E é barato. Está combinado. A bola é às sete?
- Às oito. Mas vamos antes para apanhar uma mesa boa.
E às sete e meia lá estão a comer. Agora imaginemos a mesma situação, exactamente igual, mas com a respectiva:
- Olá amor, queres ir jantar fora?
- Ah sim querido, já não vamos há muito tempo. E onde vamos?
- Podiamos ir ao Manel da Esquina, lá a comida é boa.
- Achas? Quero ir a um sítio bom!
- Então escolhe tu.
- Não, escolhe tu! A ideia foi tua.
- Então que tal ir comer pizza?
- Ai, não! Escolhe outra coisa!
- À churrasqueira? Comer um frango?
- Também não me apetece.
(este diálogo dura uns bons dez minutos até o homem dizer o restaurante que ela queria desde o início, mas que não disse porque queria poder dizer mais tarde que foi o homem a escolher)
- Mas temos que ir cedo, senão não há mesa. Às oito em ponto, sim?
- Claro, querido! Às oito estou pronta.
(Às sete e cinquenta o homem chega para buscar a mulher)
- Então, vamos?
- Dá-me só cinco minutos, estou quase pronta!
(Às oito e meia ela está pronta e saiem de casa)
- Sabes, afinal não me apetece ir ao que escolheste...
- Então afinal queres ir onde?
- Não sei... Escolhe outro!
- ... Escolhe lá tu um!
- Não, tu é que tens que escolher!
(O homem escolhe o restaurante mais caro da zona. Chegam lá às nove.)
- Isto está tão cheio... Porque é que escolheste este? Agora temos que esperar que fique mesa livre.
Às dez começam a comer. A culpa será invariavelmente do homem, porque ELE É QUE ESCOLHEU O RAIO DO RESTAURANTE!!!
Ninguém aguenta!!!
Introdução
Já todos(as) os(as) leitores(as), com certeza, se questionaram sobre o que vai da cabeça daquela(e) gaja(o) quando faz certas coisas. E por mais que se questione, tente entender, leia sobre o assinto, veja filmes, pergunte à mãe, ao pai, à vizinha, ao taberneiro, não entende. NUNCA. Dizem que somos de planetas diferentes. Marte e Vénus. Acho que mesmo isso ainda é perto. Que falha? A língua? Não. A espécie animal? Não. A educação, cultura, sabedoria? Não. Explicações? Não tenho. Há uns anos, no Japão, abriu um curso numa universidade, acho, e o nome do curso seria traduzido como algo "psicologia feminina" ou "como entender as mulheres". Houve milhares de candidatos. O curso não abriu porque ninguém, nem as mulheres, se entendiam, e não houve professores para o curso.
Nós, homens, entendemo-nos bem. Elas às vezes dizem "ah e tal, são complicados como tudo". Nada disso. Para ser feliz, um homem precisa de:
1 - Desporto (Futebol de preferência)
2 - Carros/Motos/Telemóveis/Computadores (ou seja, aparelhos que façam coisas)
3 - Cerveja/Vinho/Whisky
Infelizmente, precisa do número 4: Mulheres. E a vida era tão mais simples se não fosse este número 4...
Qualquer semelhança entre as mensagens aqui deixadas e a realidade não é mera coincidência, visto que há aqui situações que acontecem todos os dias a toda a gente. Não a mim, não ao Manel da Esquina, não ao Sócrates, mas sim a todos os que têm a felicidade de ter um ser de outro planeta, Marte ou Vénus, com quem partilhar a sua vida, mas que acham sempre que ninguém mais pode aguentar!
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