segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Complicómetro


Nós, homens, adoramos aparelhos. Gadgets de todo o tipo. Coisas que fazem coisas. Não coisas que "são giras", como as venusianas. Gostamos de telemóveis, computadores, carros, motos, televisores, 3d, carros telecomandados, aviões, armas de airsoft ou paintball. Aparelhos de todo o tipo, que se mexam, tenham luzes, tenham ecrãs. As venusianas gostam de roupas, malas, perfumes, decorações. Ou seja, "coisas giras".

Mas há um único aparelho que não entendemos o funcionamento, que não entendemos para que serve, que ninguém pode sequer desejar comprar: um complicómetro. Vem implantado na caixa craniana das venusianas em vez daquela coisa chamada cérebro que nós, seres de Marte, temos.

A fisionomia dos marcianos e das venusianas é diferente, todos sabemos: nós temos algo mais que elas entre as pernas, elas têm algo mais que nós noutros sítios, tudo bem. Mas as diferenças não se esgotam aí: o complicómetro é aquele órgão que as venusianas têm em vez do cérebro masculino. Por vezes podemos pensar que elas têm serradura, vácuo ou farelos dentro do crânio, mas não, é mesmo o complicómetro.

Nada é tão simples que uma mulher não possa complicar; nada é tão complicado que uma mulher não consiga complicar ainda mais. Imagine-se que precisamos de entregar um documento a um homem:

- Chefe, está aqui o papel. - entrega uma folha ao chefe, escrita até meio, com um rabisco à mão no final a que chama rubrica.
- Óptimo Manel, muito bem. Mas olha lá, isto tinha que ser assinado como no B.I... E eram duas cópias.
- Desculpe, chefe. Vou já imprimir outro.
- Ah, deixa isso, já fotocopio. Vai mesmo assim.
- De certeza, chefe?
- Sim, 'tá bom! Vai fazer outra coisa qualquer.

E trabalha em tudo o resto que tem a fazer no dia. Sai às cinco, meia hora antes do tempo, bebem uns copos todos juntos, chefe e funcionários, todos ficam felizes, vão cedo para casa, jantam com as mulheres e filhos, dão passeios a pé em família até à hora de dormir. Porque 'tava tudo bom.

E é esta a frase mestra, que abre todas as portas, mas só aos homens: 'tá bom. A frase mágica que indica que podemos parar de torturar-nos a aperfeiçoar uma porcaria qualquer que não serve para nada. Simplificar. Resolver as coisas de forma rápida. Não complicar. Mas uma venusiana, com o seu complicómetro, faz isto:

- Chefe, está aqui o papel. - entrega dezassete folhas à chefe, escritas até ao fim, com um rabisco à mão no final a que chama rubrica.
- Óptimo Manel, muito bem. Mas olha lá, isto tinha que ser assinado como no B.I... E eram sete cópias de tudo e duas cópias extra das páginas cinco, seis, sete, doze e dezasseis...
- Desculpe, chefe. Vou já imprimir outra vez.
- Já agora, formata o tipo de letra para Arial, é mais gira que Times New Roman. Mas põe o tamanho a 11,5, 12 fica muito grande.
- Sim, senhora.
- Ah e põe os parágrafos todos a 1,15 linhas, com avanço de 2 centímetros na primeira linha. Com 0,5 pontos nos parágrafos.
- Mas não estava certo, chefe?
- Não, tens isso a 1,5 linhas com avanço de 1,5 centímetros e 1,5 nos parágrafos. Fica tudo muito igual. Como te digo fica esteticamente mais agradável.

Meia hora depois de perder tempo com mariquices...

- Cá estão as cópias, chefe. tudo arrumadinho. Era assim?
- Isso, Manel, muito bem. Mas tens aqui uma coisa mal...
- Então?
- Tens que rubricar as páginas todas no cantinho, e assinar como no B.I. na última. Vai lá assinar isso.

Dez minutos depois...

- Já está chefe, aqui tem.
- Não! O que é que tu fizeste? A rubrica é no canto superior direito, tu assinaste no esquerdo!
- Mas não é a mesma coisa?
- Claro que não! Isso aí fica feio! Imprime tudo de novo e volta a assinar!

Quarenta minutos depois...

- Cá está chefe, tudo de novo.
- Ah bolas, não vi isto... Não paginaste!
- Era necessário? Isto é para afixar no placard...
- É sempre necessário, menos na cópia do placard e o duplicado do placard. Nas outras todas tem que ter páginas. Faz de novo as que são do arquivo.

Cinquenta minutos depois...

- Cá está chefe, tudo de novo. Demorei mais porque o toner da impressora acabou e tive que pedir outro, tive que preencher o requerimento em duplicado, peço desculpa.
- Fizeste mal, isso já se faz em triplicado desde sexta-feira. Deixa depois uma cópia na minha secretária. Mostra aí as folhas.
- Tudo rubricado, assinado e paginado.
- Não era assim! Tu nunca mais te despachas, não fazes nada bem? Tens que por nas páginas o total, é 1/17, 2/17, 3/17... Não é só pôr os números. Vá de novo! Já estás a sair muito caro à empresa.

A impressora encrava. Fica sem papel. O pobre moço rasga a papelada toda na sala onde o pessoal está, o que está bem e o que está mal, com o ataque de fúria. Deixa tudo por imprimir, desiste, manda por mail à chefe. Não faz mais nada do resto que tem a fazer. Sai às sete, hora e meia depois do tempo, chega a casa, a mulher chateia-se porque acha que esteve nos copos, dorme no sofá. Ninguém aguenta...

terça-feira, 29 de março de 2011

Uma Aventura com Azia


Já sabemos que há algumas coisas que as mulheres não suportam. Como seres venusianos que são, normalmente apenas querem o que não podem ter. E quando finalmente obtêm o que queriam ter, ficam obcecadas com o que têm.

Sobretudo, as mulheres querem ter duas coisas, já sabemos: controlo e poder (sobre nós, seres de Marte). O que não controlam é o que querem. Não é ao acaso que uma mulher só se interessa pelos homens que não lhe ligam nenhuma, mesmo que não valham nada, ao passo que nem olham para aqueles que até podem ser bons rapazes mas que realmente gostam delas. Como já os controlam e dominam, não os querem: querem os que as desprezam e magoam. Mas adiante.

A pior coisa que se pode fazer a uma mulher não é desprezá-la, odiá-la, maltratá-la. Nada disso. A pior coisa de todas que se lhes pode fazer é dar-lhes poder e controlo sobre algo e depois tirar-lho. Não sabem viver ou conviver com essa perda.

Um homem é, imagine-se, ministro da educação. Imagine-se que quer implementar algo ao calhas, digamos, um modelo de avaliação. Todos o consideram mau, menos ele. O mais normal seria, para a maioria dos homens, pensar, "bom, arranja-se outro..." e mudar. Anos mais tarde perde o cargo, como é normal em democracia. Simples: procura novo emprego.

Uma mulher é, imagine-se, ministra da educação. Imagine-se que quer implementar algo ao calhas, digamos, um modelo de avaliação. Todos o consideram mau, menos ela. "Não mudo! Tem que ser este! EU É QUE MANDO! Por uma vez na vida estou a mandar em coisas, em pessoas, EM HOMENS, É COMO EU DIGO E PRONTO." e nunca dará o braço a torcer. Anos mais tarde perde o cargo, como é normal em democracia. E, ao mesmo tempo, o que teimosamente defendeu, inventou, quer perpetuar contra tudo e todos com o único propósito de mostrar quem manda, sem sequer pensar que o modelo pode ser um monte de excrementos, ou sabendo que em nada difere de uma bosta de elefante mas pondo SEMPRE o orgulho acima da racionalidade. Que faz a mulher neste caso? Birra. Fala ao país, chama irresponsáveis a todos, mente descaradamente, dizendo que o que defende é o melhor do mundo (mesmo com o jornalista dizendo-lhe que 97% da população escolar está contra), diz mesmo que esse número só pode ser falso e, qual criança de dois anos a quem se retira um chupa, a mulher nunca em toda a sua vida superará que perdeu, que perdeu o seu poder, que o seu orgulho foi ferido.

À atenção das mulheres que lêem este blog: por favor, não sigam o exemplo desta senhora. Sejam um bocadinho menos "gajas" de vez em quando, aprendam a dar o braço a torcer, a perder, a ganhar também. Não fiquem obcecadas com o que podem ter ganho com mérito e esforço, pois perdem toda a razão com estas birrinhas.

Quanto à senhora que sabemos, visto que já não tem salvação, deixo-lhe a ideia para um novo livreco no título deste post. Ou então, deixe-nos em paz e vá lavar qualquer coisa.

A revolta dos pastéis de nata

Se há algo a que qualquer mulher aspira é poder, por uma vez na vida, por um momento, poder ser de alguma forma superior a um homem. Essa superioridade pode traduzir-se em coisas como mandar-nos lavar a loiça e nós acedermos ao pedido, conseguirem ultrapassar-nos na estrada (porque estamos distraídos a acender o cigarro ou a sintonizar o rádio), ou por nos esconderem o pastel de nata que acabámos de comprar no trabalho e que deixámos abandonado na nossa mesa. Essa sensação de alcançar o inalcançável, o poderem controlar-nos e/ou serem superiores a nós, traduz-se em coisas tão ridículas como "sei onde está o teu pastel de nata mas não to dou". Como quem diz, "até o descobrires, estou numa posição superior".

Nada disso. Vejamos na estrada: uma mulher sente-se realizada, feliz para o resto do dia, do mês se for preciso, se ultrapassar um homem na estrada. É natural. Numa tarefa onde sabem que são claramente inferiores a nós (como, de resto, em quase todas as outras) em técnica, perícia, arte, a sua satisfação vem do facto de terem sido melhores que um dos nossos espécimes. Mas porque são assim? Nós sabemos, por exemplo, que elas são bem melhores a lavar pratos, a limpar a casa, a trocar fraldas (a cozinhar não, visto que os melhores cozinheiros do mundo são homens), mas não nos vangloriamos por trocar fraldas mais rápido que elas...

Adoro vê-las nas praxes académicas. Na condição de praxantes, não de praxadas. Imaginemos quatro pessoas, lendo os seus pensamentos:

Homem a ser praxado: "Isto é uma seca. Quero sair daqui. Mas ao menos estou a beber de borla."
Mulher a ser praxada: "Vou-me vingar."
Homem a praxar: "Aquela caloira é mesmo boa. Vou ser bonzinho para ela a ver se ganho uns pontos."
Mulher a praxar: "Estou a controlar pessoas! Estou a mandar em homens!"

Pronto, sabemos que é uma sensação única na vida. Há que deixá-las ter este saborzinho na boca por breves momentos. Mas quando fui praxado, deixei no ar a mais sábia frase alguma vez dita por um homem, e esse homem foi um primo meu de três anos. Quase um bébé. Mas a frase, dita a seco naquele momento, quando aquele ser venusiano, no seu mundo de ilusão momentâneo, achava que mandava em alguém, foi de tal forma chocante para a praxante que nunca mais a vi a praxar ninguém (acho que foi chorar para um canto qualquer). Portanto, qualquer homem a ser praxado, que não tenha grande medo de poder vir a sofrer actos retaliatórios, que não queira ter qualquer tipo de envolvimento futuro com a praxante, apenas tem que dizer, como aquele grande sábio de três anos disse, do alto da inerente sapiência, inocência e espontaneidade da sua idade:

- Não me chateies. Vai lavar qualquer coisa.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Dicionário Venusiano-Marciano



Sabe-se que povos de diferentes regiões têm línguas diferentes. Imagine-se de diferentes planetas. Por vezes, acontece que povos diferentes, de regiões diferentes, têm palavras com o mesmo som, mas cujo significado não é bem o mesmo. Um exemplo: "folha", na língua de nuestros hermanos, não será aplicável a "suporte de papel no qual escrevemos". Mas o som é igual. O mesmo se passa com "curva", cujo significado em romeno não é muito simpático, ou com "euros" em grego.

Estes mal-entendidos acontecem frequentemente entre venusianas e marcianos. convém assim elaborar um dicionário, do qual se mostram alguns exemplos:

Nada
- Que se passa? Estás chateada?
- Não é nada. Já passa.
Significado: é tudo, ou melhor, pode ser qualquer coisa. Não vai passar tão depressa.

Gorda
- Amor, achas que estou mais gorda?
Significado: Diz-me imediatamente que estou magra, gira, maravilhosa. Quero sentir-me venerada.

Verbos que impliquem movimento
-Vens hoje a minha casa?
Significado: Vem imediatamente para minha casa.

5 Minutos
- Demoras?
- São só 5 minutos.
Significado: Quantidade de tempo indefinida, oscila entre a meia hora e uma hora.

Presente
- Que queres que te ofereça no dia dos namorados?
- Nada, querido. Só uma coisinha simbólica!
Significado: Quero o perfume/mala/telemóvel cor-de-rosa daquela Montra. Custa 100 euros.

Amigo
- Queres namorar comigo?
- Não, vamos ser só amigos.
Significado: Prefiro beijar a cavidade anal de uma vaca a ter alguma coisa a ver contigo.

Nunca
- Queres namorar comigo?
- Nunca!
Significado: Talvez.

Talvez
- Queres namorar comigo?
- Talvez.
Significado: Claro que sim.

Tu e Eu.
- Queres namorar comigo?
- Neste momento não. Mas o problema não és tu, sou eu...
Significado: O problema és tu. Quero um gajo bom.

Não querer ter nada com homens por agora.
- Então já namoras?
- Não, e não quero saber de homens neste momento da minha vida.
Significado: Quero um homem. Já. Imediatamente. Desesperadamente. Mas sou teimosa e tenho que me fazer de forte para eles pensarem que não preciso deles.

Personalidade, inteligência, simpatia.
- Que tipo de homem desejas?
- Quero alguém com personalidade, inteligente, simpático.
Significado: Quero alguém rico, giro, podre de bom.

Esperemos que esta pequena amostra chegue para dar uma ideia de como devia ser este dicionário, jamais escrito entre estas duas línguas. Dicionário Venusiano-Marciano. Seria um êxito de vendas!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Chefes




Já dizia o ditado, "nada é tão simples que uma mulher não possa complicar". Acho antes que é "nada é tão complicado que uma mulher não possa complicar ainda mais".

Na nossa vida privada, tudo bem. Quem se farta de estar bem, ou seja, quem se casa, sabe no que se vai meter e sofre porque quer. O problema é que todos sofremos com algo bem mais grave, que não escolhemos, mas que temos que gramar.

Mulheres que são nossas chefes.

Complicam tudo. Zangam-se connosco, umas com as outras, com elas mesmas, com a vizinha do lado, com o canário. Nunca nada está suficientemente bem. Muito menos está completo. Encontram imperfeições na perfeição só para a deixarem imperfeita. E porquê?

Porque se têm que meter em tudo!

Têm que deixar a opinião, têm que deixar a sua marca, têm que mostrar que são melhores que as outras (e outros), têm que se afirmar e mostrar que têm alguma espécie de poder, que têm controlo sobre as coisas.

Um homem chefe quer resultados. Ponto. Mais nada. Não quer saber se fiz desta ou daquela maneira, não quer saber se ficou tudo como ele disse, nada: quer o resultado.

Uma chefa não quer saber do resultado. Se tiver dado, óptimo. Senão, não interessa: tem é que ter sido feito EXACTAMENTE como ela disse. Se o resultado aparece, o mérito é DELA, porque "controlou" tudo e nós fomos bons instrumentos; Se não tiver resultado, a culpa é NOSSA, pois não fizemos (mesmo que tenhamos feito) exactamente como nos disse. E se tentamos modificar o método, mas obtemos bom resultado, não interessa: está mal. Entenderam? Pois eu também não.

Depois dizem que há poucas mulheres em cargos de chefia. Imaginem porquê. Ninguém as aguenta. Nem elas.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Portáteis




Um experiência fascinante, ou frustrante, é a de ajudar uma mulher a escolher um aparelho como telemóvel, computador, carro, etc. Senão vejamos: dois homens a conversar sobre a compra de um portátil dirão algo deste tipo.

- Preciso de ajuda. Tenho que comprar um portátil e não sei que escolha.
- Olha, os novos Tobishas trazem uma NVIdradeon GTX-TDI-GT com 1 giga de ram, disco de um tera a 7200 RPMs, oito gigas de ram, Gravador de Blu-ray e ecrã de 17' wide com 3d. Muito bons para jogos.
- Por quanto?
- Uns 900 euros ou assim. Por 600 compras um parecido mas sem o 3d e com menos quatro gigas de ram.
- É mesmo esse!

E no dia a seguir compra o portátil. Nós, homens, queremos que um aparelho seja funcional, bom, barato. O que nós homens não sabemos é que toda a conversa anterior é chinês para a maioria das mulheres. A conversa com um dos seres venusianos será algo deste tipo:

- Amor, preciso de ajuda! Quero comprar um portátil, mas não sei que escolha!
- Olha, os novos Tobishas trazem uma NVIdradeon GTX-TDI-GT com 1 giga de ram, disco de um tera a 7200 RPMs, oito gigas de ram, Gravador de Blu-ray e ecrã de 17' wide com 3d. Muito bons para jogos.
- Ah, eu não ligo a essas coisas. Quero uma coisa simples, que dê para o office e ir à net, mais nada.
- Se é para isso, há uns netbooks jeitosos da Azuz, por 300 euritos, boa bateria e tudo.
- Talvez...

E é nesta parte que vem a questão, a grande questão, a que é fundamental para a mulher mas que homem algum no mundo alguma vez se lembraria de perguntar acerca de um portáti:

- E é giro?

Giro? GIRO? Que raio, quero lá saber se o PC é preto, cinzento, se tem bolinhas e outras mariquices, quero é uma coisa boa e que funcione bem! Mas não, tem que ser "giro"!

Já na loja, vendo o PC em questão, a mulher decide não o comprar.

- É feio. Quero um como o da minha amiga, é muito mais giro, tem luzinhas atrás!

Ou seja, um MAC. Uma moça, que só quer um portátil para escrever no word e ir ao Farmville decide dar 1.800 euros por um Mac. Porque "é giro!"

Este caso é meio extremo, mas há também os casos das que compram portáteis normais por preços normais sem terem a mais remota ou pálida ideia do que estão a comprar. Desde que seja "giro". Assim há hoje um negócio, muito bem aproveitado pelos fabricantes, de telemóveis, portáteis, carros, "giros". Direccionados a mulheres. Mesmo que não tenham 100 euros em componentes lá dentro, custam o dobro dos feiosos, mas bons, direccionados aos seres de Marte. Mas as venusianas querem coisas GIRAS!

Um homem compra um pc novo. Um amigo dirá algo do género:

- Ena, pc novo! Que tem isso?
- Uma NVIdradeon GTX-TDI-GT com 1 giga de ram, disco de um tera a 7200 RPMs, oito gigas de ram, Gravador de Blu-ray e ecrã de 17' wide com 3d. Corre o Crysis 3 a 72 FPS com tudo no máximo, AA a 16x, anisotrópico, com o 3d esterioscópico ligado!
- Ena, granda bomba! Tenho que comprar uma coisa dessas!

Por 900 euros. Vejamos a conversa do Mac de 1.800 comprado pela venusiana:

- Olá! Compraste um pc novo?
- Sim! Que achas dele?
- É tão giro! Também quero um!

Ninguém aguenta!!!

Descriminação positiva




Aí há tempos, reparei em algo que me chocou: há cotas mínimas no número de mulheres que devem integrar uma lista para uma câmara, parlamento, etc. Chamam-lhe descriminação positiva.

As feministas defendem acerrimamente medidas como esta. "Devemos promover a participação das mulheres na vida política do país!" E vá de obrigar partidos e afins a meter mulheres nas listas.

Agora pergunto, a nossa constituição não diz que homens, mulheres, de qualquer raça ou crença, são iguais? Mas elas QUEREM ser descriminadas "positivamente". Descriminar é descriminar.

Quem se está a descriminar e estigmatizar são elas próprias, as feministas doentes e ferrenhas. Felizmente, no nosso país qualquer pessoa é reconhecida pelo seu mérito, valor, profissionalismo. Como homem, quero mulheres na política, mas quero que sejam pessoas competentes e com valor, não pessoas que "têm que lá estar para fazer os 33% de mulheres na lista".

Senhoras feministas: se querem defender os direitos da mulher, passem a fazer uma coisa primeiro. Não se inferiorizem. Não se julguem inferiores nem descriminadas pela terrível sociedade masculina. Não o são. Não no século XXI, não no nosso país. Notabilizem-se por serem melhores, ganhem lugares na política por merecerem, não peçam para entrar de favor, que é o que fazem, pois apenas estão a desacreditar as que lá chegaram por mérito.

Tenho dito!

Restaurantes - Parte dois



No capítulo anterior contou-se o penoso processo de escolha e ida a um restaurante. Mas os problemas mal começaram. Novamente, convém fazer o paralelo entre um jantar de amigos numa tasca e um jantar com a respectiva no restaurante mais caro que encontrámos.

Jantar de homens.

- Então Manel, que há que se coma hoje?
- Leitão assado, secretos de porco preto, febras, sandes de torresmos, carapaus fritos e feijoada de polvo.
- Traz aí um prato de feijão, uma dose de leitão e uma de secretos.
- E para beber?
- Traz um jarro de tinto. O da casa é bom?
- Bebe-se bem. Querem provar antes?
- Deixa, traz o jarro que a gente prova o jarro todo e logo te diz!

A comida demora cinco minutos a chegar. Sobra metade porque as doses são muito grandes. Bebem dois jarros de vinho cada um. O benfica ganha por quatro a zero. Festejam os golos todos, gozam com um velho do Sporting, pagam-lhe um copo no fim, ficam amigos para o resto da vida. Conta: quinze euros. Vejamos agora o jantar romântico:

- O criado nunca mais cá vem... Já estamos sentados há meia hora, passa por nós, e nada. Querido, chama-o!
- Pssst! Se faz favor!

Dez minutos depois, lá vem com as entradas, mas sem a ementa. Outros dez minutos volvidos, vem a ementa.

- Ai, não me apetece nada disto. Na última vez que cá viemos tinham aquele arroz de tamboril, não terão hoje também?
- Não, era prato do dia. Pede outra coisa.
- E tu, já escolheste?
- Já. Quero bife à casa.
- É bom?
- É. E tu, que queres?
- Se não há o tamboril, peço o bacalhau com natas.
- Olha que esse não é grande coisa.
- Ah, mas apetece-me.

Pedem. Meia hora depois chegam as doses. O bacalhau tem espinhas e pelo menos dois dias de estar feito. Parece até daquele congelado, pré-feito, do Continente. A dose é tão grande que dificilmente mataria a fome a uma criança de seis anos.

- E para beber?
- Traga aí um jarro de vinho da casa, se faz favor.
- Desse não gosto, querido. Pede qualquer coisa boa!

E vai dizendo que não gosta até escolher uma coisa qualquer de reserva que sabe ao mesmo que os outros mas custa vinte euros.

- Não gosto do bacalhau. Queres trocar?
- Mas eu também não gosto! Pedi o bife porque queria bife!
- Vá, tu também gostas deste, troca comigo...

Trocam os pratos. Ficam com fome na mesma, pois as doses são pequenas.

- E sobremesa?
- Traga-me aí uma mousse de chocolate. Querida, que queres?
- Ah eu não quero nada, isso depois engorda. Como um bocadinho da tua.

Chega a mousse.

- Deixa-me provar a tua mousse...
- Prova lá. É boa.

Ela prova a mousse dezassete vezes, até já não haver. O homem comeu a primeira colherada. Pedem a conta, o homem paga sessenta euros, vão para casa, e ela comenta:

- O MEU bife estava bom, mas o bacalhau nem por isso. Já a TUA mousse era divinal. Mas escolhe outro sítio para a próxima... Este não era grande coisa. Sempre que TU escolhes o sítio escapamos mal.

Ninguém aguenta!!!

Restaurantes - Parte um



Um dos momentos de maior frustração na vida de um homem, que inclusivamente o pode levar à loucura ou algo pior, é o de levar a namorada/mulher a um restaurante. Algo que parece tão simples de fazer com um grupo de amigos torna-se uma tarefa hercúlea para fazer com uma mulher. Senão vejamos:

Com o grupo de amigos:

- Então, onde se janta?
- Vamos à tasca do Manel da Esquina. Comemos que nem alarves e dá bem para ver a bola.
- E é barato. Está combinado. A bola é às sete?
- Às oito. Mas vamos antes para apanhar uma mesa boa.

E às sete e meia lá estão a comer. Agora imaginemos a mesma situação, exactamente igual, mas com a respectiva:

- Olá amor, queres ir jantar fora?
- Ah sim querido, já não vamos há muito tempo. E onde vamos?
- Podiamos ir ao Manel da Esquina, lá a comida é boa.
- Achas? Quero ir a um sítio bom!
- Então escolhe tu.
- Não, escolhe tu! A ideia foi tua.
- Então que tal ir comer pizza?
- Ai, não! Escolhe outra coisa!
- À churrasqueira? Comer um frango?
- Também não me apetece.

(este diálogo dura uns bons dez minutos até o homem dizer o restaurante que ela queria desde o início, mas que não disse porque queria poder dizer mais tarde que foi o homem a escolher)

- Mas temos que ir cedo, senão não há mesa. Às oito em ponto, sim?
- Claro, querido! Às oito estou pronta.

(Às sete e cinquenta o homem chega para buscar a mulher)

- Então, vamos?
- Dá-me só cinco minutos, estou quase pronta!

(Às oito e meia ela está pronta e saiem de casa)

- Sabes, afinal não me apetece ir ao que escolheste...
- Então afinal queres ir onde?
- Não sei... Escolhe outro!
- ... Escolhe lá tu um!
- Não, tu é que tens que escolher!

(O homem escolhe o restaurante mais caro da zona. Chegam lá às nove.)

- Isto está tão cheio... Porque é que escolheste este? Agora temos que esperar que fique mesa livre.

Às dez começam a comer. A culpa será invariavelmente do homem, porque ELE É QUE ESCOLHEU O RAIO DO RESTAURANTE!!!

Ninguém aguenta!!!

Introdução




Já todos(as) os(as) leitores(as), com certeza, se questionaram sobre o que vai da cabeça daquela(e) gaja(o) quando faz certas coisas. E por mais que se questione, tente entender, leia sobre o assinto, veja filmes, pergunte à mãe, ao pai, à vizinha, ao taberneiro, não entende. NUNCA. Dizem que somos de planetas diferentes. Marte e Vénus. Acho que mesmo isso ainda é perto. Que falha? A língua? Não. A espécie animal? Não. A educação, cultura, sabedoria? Não. Explicações? Não tenho. Há uns anos, no Japão, abriu um curso numa universidade, acho, e o nome do curso seria traduzido como algo "psicologia feminina" ou "como entender as mulheres". Houve milhares de candidatos. O curso não abriu porque ninguém, nem as mulheres, se entendiam, e não houve professores para o curso.

Nós, homens, entendemo-nos bem. Elas às vezes dizem "ah e tal, são complicados como tudo". Nada disso. Para ser feliz, um homem precisa de:

1 - Desporto (Futebol de preferência)
2 - Carros/Motos/Telemóveis/Computadores (ou seja, aparelhos que façam coisas)
3 - Cerveja/Vinho/Whisky

Infelizmente, precisa do número 4: Mulheres. E a vida era tão mais simples se não fosse este número 4...

Qualquer semelhança entre as mensagens aqui deixadas e a realidade não é mera coincidência, visto que há aqui situações que acontecem todos os dias a toda a gente. Não a mim, não ao Manel da Esquina, não ao Sócrates, mas sim a todos os que têm a felicidade de ter um ser de outro planeta, Marte ou Vénus, com quem partilhar a sua vida, mas que acham sempre que ninguém mais pode aguentar!